Dados são como fios de um tapete persa: isolados, formam um emaranhado incompreensível. Devidamente entrelaçados com uma intenção, revelam significados e insights e, como a poesia, ampliam os limites da nossa compreensão do mundo. 

Toda tecnologia existe para atender necessidades humanas, as principais delas tão antigas quanto a humanidade. As tecnologias de hoje substituíram tecnologias do passado que atendiam as mesmas necessidades. Tecnologias futuras serão criadas para substituir as atuais, troná-las obsoletas,  e atender as mesmas necessidades de sempre. Por isso, para inovar e construir o futuro é preciso entender as necessiddes humanas, com a necessidade de pertencimento, de ser ouvido, de se comunicar, o patamar superior da Pirâmide de Maslow. 

Talvez a principal necessidade humana seja a busca por significado. Fazemos tudo o que fazemos porque queremos entender quem somos, nosso lugar no mundo, nosso propósito de vida e o papel das outras pessoas dentro dele. Por isso, o cérebro humano foi projetado para construir e compreender histórias. Histórias são fatos que, alinhados no tempo, conectam-se uns aos outros, para fazer sentido às vidas humanas. Novas tecnologias, como o Big Data só fazem sentidos quando são expressas em símbolos que constróem narrativas. Os dados só fazem sentido quando alinhados em histórias. 

A história humaniza os dados, promove a apreensão humana daquilo que os dados expressam. Entendendo os dados dessa forma poderemos não apaenas compreendê-los de forma mais efetiva, como, a partir deles, compreender melhor as pessoas suas necessidades, desejos e aspirações. Os dados são como fios entrelaçados num tapete persa: isolados, não fazem sentido algum, mas, agrupados numa determinada estética, produzem significado e conexão com a alma humana.