Perfil
Propostas
Onde encontrar e como usar dados públicos de saúde
Nome
Milton Aparecido de Souza Junior
Instituição
Conselho Federal de Medicina (CFM)
Duração
Oficina de 04 (quatro) horas em Laboratório de Informática
Foco principal
Técnico
Fase do trabalho apresentado
Trabalho ou projeto em andamento
Descrição
Considerado um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo, o Sistema Único de Saúde (SUS) é também alvo de constantes críticas pela imprensa e um grande desafio para os gestores públicos. Para além do drama humano vivido todos os dias por mais de 160 milhões de brasileiros que dependem exclusivamente dele, no entanto, existem informações públicas que podem revelar problemas em escala ainda maior na saúde do Brasil. Nesta oficina, os participantes terão a oportunidade de conhecer algumas das bases de dados nacionais (SAGE, SIGTAP, SIM, SINASC, SIH, SIA, TABNET, SIOPS, CNES e outras) e internacionais (OMS, OCDE, etc), suas limitações e aprender a utilizar dados de saúde para elaboração de relatórios, estudos e até mesmo reportagens.
Objetivo
Ao final desta oficina os participantes devem conseguir analisar os principais bancos de dados públicos sobre a saúde no Brasil e no mundo. Além da explicação conceitual, serão realizadas atividades práticas que permitirão aprender a checar fatos e construir relatório, estudos e reportagens guiadas por dados.
Justificativa
A gestão da informação sobre saúde no Brasil está fragmentada em várias instituições de governo que atuam na produção, coleta, processamento e análise de dados. No âmbito Federal, os sistemas foram construídos segundo necessidades específicas e, apesar da criação de um núcleo de informática (atual Datasus) ter gerado grandes avanços, não se logrou racionalizar o uso dos instrumentos e os fluxos a partir da rede de serviços, dificultando, assim, o emprego das informações no controle, monitoramento e avaliação de políticas de saúde, com o objetivo de contribuir para o aperfeiçoamento da gestão.
Entende-se, no entanto, que, para participar dos processos democráticos, os cidadãos precisam, antes de tudo, ter consciência do processo do qual ele faz parte. A posse desse conhecimento sobre indicadores e informações em saúde permite a cobrança embasada por atitudes da gestão. Neste sentido, a expectativa é oferecer ferramentas de transparência que permitam à sociedade o pleno exercício da cidadania em fiscalizar os atos governamentais. Além de possibilitar o controle social, as informações disponíveis em plataformas públicas oficiais podem ainda subsidiar estratégias de ação em defesa do direito constitucional à saúde e fomentar as atividades de controle e avaliação das políticas de saúde.
Metodologia
Exposição teórica, discussão em grupo e aulas práticas em laboratório de informática (os participantes podem usar os próprios computadores se desejarem).
Mini-currículo: Jornalista especializado em Jornalismo de Dados e pós-graduando em Economia e Gestão em Saúde na Universidade de São Paulo. Foi assessor de comunicação do Ministério da Saúde para assuntos de Gestão, Orçamento e Transparência, onde também compôs os Grupos de Trabalho Ministerial sobre Lei de Acesso à Informação e Saúde na Copa de 2014. Recentemente integrou o corpo docente de tutores do curso “Como Investigar Gasto Público”, da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), e “Onde encontrar e como usar Dados de Saúde”, do Programa de Trainee especializado em Jornalismo de Saúde da Folha de S. Paulo. Atualmente é assessor do Conselho Federal de Medicina (CFM) e também coordenador da Assessoria de Imprensa da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
Linkedin: https://www.linkedin.com/in/miltonjnior
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/1076440573702558